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Programa

Sessão de Abertura "O Filme da Escola" | Sessão com apresentação

O Apartamento | Parabéns! | Inventário de Natal | Arena
duração total da projeção: 66 min | M/12


O APARTAMENTO
de João Milagre, Rui Poças, Luís Fonseca, João Tuna, Leonardo Simões, Tiago Costa, Vitor Nobre, Vítor Joaquim
Portugal, 1996 – 13 min

PARABÉNS!
de João Pedro Rodrigues
Portugal, 1997 – 15 min

INVENTÁRIO DE NATAL
de Miguel Gomes
Portugal, 2000 – 23 min

ARENA
de João Salaviza
Portugal, 2009 – 15 min

 


MESAS REDONDAS

Segunda‑feira [10 de julho] 18h00 | Esplanada
UMA ESCOLA DE AUTORES:
O DEBATE SOBRE O ENSINO DA REALIZAÇÃO

com a participação de Vitor Gonçalves, Joaquim Sapinho e
Mariana Gaivão (Moderação de José Manuel Costa)

Durante os seus primeiros anos, a Escola de Cinema do
Conservatório Nacional não tinha a vertente de realização.
Esta era uma orientação programática dos professores
fundadores: uma escola cujo currículo assentava nas áreas
técnicas de imagem, som e montagem. No entanto, sem
ensinar realização, a Escola de Cinema formava cineastas.
Mais tarde, com uma remodelação dos currículos, surgem
as vertentes da realização, da produção e do argumento,
que passam cooperar coletivamente. Mesmo assim, essa
subdivisão nunca diluiu o propósito pedagógico último da
ESTC, que, não descartando a missão originária de “escola
profissional”, sempre almejou criar autores. Neste debate
propõe-se uma reflexão sobre o modo como o ensino da
realização se foi modificando ao longo das cinco décadas
de existência da Escola de Cinema e como é que isso se
articulou com a própria identidade desta Escola e com o
cinema feito em Portugal.

Terça‑feira [18 de julho] 18h00 | Esplanada
A ESTC E AS GERAÇÕES DO CINEMA PORTUGUÊS
com a participação de, José Bogalheiro, Pedro Costa, Sandro
Aguilar e Inês Teixeira (Moderação de José Manuel Costa)

Iniciada como “Escola Piloto” no ano letivo de 1973/1974
(um primeiro ano que seria interrompido pelo 25 de Abril), e
relançada em pleno em 1975, a Escola de Cinema começou,
ano a ano, turma a turma, a formar uma parte substancial
dos realizadores e técnicos do cinema português que
se começariam a afirmar a partir do final da década
de 1970. E foi precisamente quando se fechou o ciclo de
uma primeira dezena de turmas formadas pela Escola
que se tornou possível identificar um novo conjunto de
realizadores muito relevantes aí formados com evidentes
traços geracionais aquela que vem a ser rotulada (em
particular por Augusto M. Seabra) a Terceira Geração do
Cinema Português, ou seja, uma afirmação coletiva sem
paralelo neste cinema desde o “Cinema Novo”. A este, veio
por sua vez a seguir-se pelo menos um outro conjunto
relevante fortemente originário da Escola (a também
muito referida “Geração Curtas”), e, nos últimos anos,
sucessivas levas de novos criadores ali formados que,
em boa parte, construíram as suas equipas a partir das
suas cumplicidades escolares. Como olhar hoje, então,
para estas “gerações”? E o que nos diz a leitura que delas
possamos fazer da evolução do cinema feito em Portugal
ao longo destas décadas e da sua identidade?

Quinta‑feira [20 de julho] 18h00 | Esplanada
CRIADORES EM ÁREAS TÉCNICAS
com a participação de Manuela Viegas, Pedro Caldas,
Leonardo Simões e Leonor Teles (Moderação de Nuno Sena)

Desde a sua fundação, a Escola de Cinema sempre se
dedicou à formação nas áreas técnicas, em particular
de imagem, som e montagem. Ao longo dos últimos
cinquenta anos, muitos dos mais reputados montadores,
diretores de fotografia e operadores e misturadores de
som portugueses iniciaram o seu percurso pela ESTC.
Curiosamente, muitos desses técnicos conciliaram
isso com incursões na realização ou mesmo com
significativas carreiras paralelas enquanto realizadores
(no som, Joaquim Pinto, Pedro Caldas, José Barahona…,
na montagem, Manuela Viegas, Manuel Mozos, Sandro
Aguilar, Pedro Filipe Marques…, na fotografia Daniel Del
Negro, João Guerra, Leonor Teles… – só para dar alguns
exemplos). O caso dos técnicos de referência oriundos da
Escola – tenham ou não acumulado com a realização – é
então, por si mesmo, um terreno especialmente profícuo
para abordar a questão da formação para a criatividade
tal como vivida nesta instituição, assim como a articulação,
ou tensão, entre a criatividade exercida áreas técnicas e
no plano da realização.