Jean Paul Bucchieri nasceu em Itália e reside em Portugal desde 1993. Encenador, investigador e pedagogo, em 2007 frequentou e concluiu o Curso de Encenação de Ópera, no âmbito do Programa Criatividade e Criação Artística, da Fundação Calouste Gulbenkian, onde apresentou Raphael, Reviens! de Bernard Cavanna, com direcção musical de Cesário Costa. Concluiu o Doutoramento em 2011 na FMH da Universidade de Lisboa, com uma bolsa da FCT e em dezembro de 2023 acabou um Pós-doutoramento, no Instituto de Educação da ULisboa, sobre a relação entre a encenação, a pedagogia e a investigação em arte, que acaba de ser publicado. Faz parte do Corpo Docente da Escola Superior de Teatro e Cinema e colabora com o IPL desde 1996. É membro do CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação. Destaca a sua participação em projetos de Bob Wilson como assistente e intérprete. Como encenador, desde 1994 apresenta regularmente os seus projetos nas áreas das artes performativas, do teatro e da ópera. Ultimamente destaca as encenações de Poema à duração, de Peter Handke, no MAPS (2020), L’Histoire du soldat de I. Stravinsky, na Fundação Gulbenkian, com direcção musical de Lorenzo Viotti (2020), O Dicionário da fé, com textos originais de Gonçalo M. Tavares, no Teatro Nacional Dona Maria II (2021), Don Giovanni o dissoluto, a partir de José Saramago e W. A. Mozart, com direção musical de Nuno Coelho, na Fundação Gulbenkian (2022), Exposição Temporária, uma pintura de Chagall e A Flauta Mágica de Mozart, no CCB, com direção musical de Jean-Marc Burfin (2024) e Livro XI das Confissões de Santo Agostinho, no Teatro São Luiz (2025). Em 2023, na Padaria do Povo em Lisboa, começou o projecto Episódios para um actor (só). Trata-se de uma série de monólogos a partir de Pier Paolo Pasolini, Maurice Blanchot, Michel Foucault, T. S. Eliot, Michel de Montaigne, Teixeira de Pascoaes, Rainer Maria Rilke e Roland Barthes. Já estreou Para nada (2023), a partir de Samuel Beckett, A rapariga de Amsterdão (2024), a partir de Etty Hillesum e Amar um cão, a partir de Maria Gabriela Llansol (2025). Conduz uma investigação científica sobre o trabalho do intérprete e a sua relação com as artes performativas, focando as problemáticas que o abatimento das fronteiras nas linguagens cénicas propõe. A linha de investigação que percorre, situa-se na observação fenomenológica do trabalho do intérprete.