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MALDITO SEJA O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM - Espetáculo Final 3.º Ano

Data do evento
28 de Junho de 2019 - 1 de Julho de 2019
Hora
22:00 - 00:00
Local
Teatro da Trindade
Organização
Departamento de Teatro

Espetáculo dos Alunos Finalistas da Licenciatura em Teatro

Teatro da Trindade Inatel | Sala Carmen Dolores

28 a 30 de junho sex/sab - 21h00 | dom - 16h30 M/16

Entrada Livre - Limitada aos lugares existentes Reservas - Tel: 213 420 000 |

E-mail: bilheteira.trindade@inatel.pt

 

Sinopse

Este é um espetáculo escrito a partir de textos de Angélica Liddell, textos de Susana Vidal e fragmentos de filmes de Terence Malick, músicas e imagens roubadas. Tudo acontece durante três anos nos quais as personagens estão perdidas numa paisagem de neve, onde a devastação do bosque deixa uma paisagem desolada e plana. Os animais mortos e o sangue nos pés fazem uma cartografia para traçar um novo caminho. O inferno e a guerra são construídos numa procura da salvação. Os corpos que se desfazem ao longo do percurso, quanto mais falam mais desfazer-se-ão. O amor como celebração de vida.

MALDITO SEJA O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM

lidell

Ficha Técnica e Artística

Texto Original: Angélica Liddell

Tradução e Adaptação: Susana Vidal

Encenação: Susana Vidal

Interpretação (alunos de teatro – ramo de actores): André Simões, Beatriz Almeida, Carolina Cunha e Costa, Catarina Vicente, Daniela Tavares, Dara Santos, Francisca Neves, Jeffreson Oliveira, Klára Pertlová, Kleia Piquer Kubbells, Liliana Dias, Pedro Moldão Martins, Rita Califórnia, Rodrigo Garcia, Teresa Flórido e Teresa Moreira

Design de Cena (alunos de teatro – ramo Design de Cena): Abel Bonte, Alba Dupuy Echevarria e Ana de la Cuadra

Produção (alunos de teatro – ramo Produção): Ana Pestana, André Lima Nicolau, Andreia Mayer e Gonçalo Morais

Desenho de Luz (aluno de teatro - ramo de produção): Gonçalo Morais

Operação de Luz (aluno de teatro - ramo de produção): Andreia Mayer

Operação de Som (aluno de teatro - ramo de produção): Ana Pestana

Coordenação de Design de Cena: João Calixto, José Espada, Mariana Sá Nogueira e Marta Cordeiro

Coordenação de Produção: Andreia Carneiro, Conceição Mendes e Miguel Cruz

Gabinete de Produção da ESTC: Conceição Costa e Rute Reis

Gabinete de Comunicação e Imagem da ESTC: Roger Madureira

Fotografias de cena e cartaz: Alípio Padilha

Agradecimentos Com o apoio: Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São Carlos

 

Programa

"Estou-me a habituar à tristeza, estou a habituar-me a dor, a desilusão permanente.

Parece que a felicidade não quer ficar do meu lado, exijo dos outros humanidade e verdade, amar é uma coisa simples, amar ou não amar, será que só posso estar só?

Será que o amor é só um momento no meio da guerra?

Ninguém ama a ninguém. Ninguém morre de amor.

Deveria morrer só um bocadinho cada dia, com esse morrer diário ficarei mais forte.

Devo fazer uma guerra para sobreviver a desilusão. A desconfiança é o único alicerce.

Só fizemos esta guerra para estar vivos. inventamos o amor para sentir-nos mortos.

Como será a próxima guerra?

Dizia-me a mim mesma: com amor o mal desaparece, com o belo todo ficará melhor.

Nada melhor que os contos de fadas para aprender o que é o mal.

Como continuarei a ser eu com tanta dor?

Somos só homens que matam a outros homens. E nada mais.

Quando fico assim de triste, fico em silêncio. Desapareço em silêncio.

Nunca mais vou pedir amor. Nunca mais vou pedir-te amor.

Dizem que há uma mulher que abraça as pessoas. E que fizeram vocês a minha bondade?

E que fizeram a minha bondade?

Bateram-me durante 3 anos.

A dor durou três anos.

Talvez quatro."

 

Susana Vidal