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A Direção-Geral das Artes, na qualidade de comissária da representação oficial portuguesa na 15ª. Quadrienal de Praga - PQ23 - Prague Quadrennial of Performance Design and Space, convidou a APCEN – Associação Portuguesa de Cenografia para realizar a curadoria do projeto a apresentar na secção “Students”.

O tema proposto pela PQ23 para a secção “Students” é “RARE Stories of Unique Places”, convidando os participantes a elaborar exposições (ou espaços experienciais imersivos), inspirados na sua cultura, identidade, e em conhecimentos locais, ideias, materiais e abordagens artísticas ligadas às comunidades. Acredita-se que o “espirito do local” pode inspirar e dar origem a novos RAROS e visionários trabalhos de performance design/cenografia, experiências que capturem plenamente os sentidos das audiências, as suas emoções e perceções. A secção “Students” destina-se a dar a conhecer o trabalho desenvolvido por estudantes, jovens designers, cenógrafos (até 5 anos após a conclusão da sua formação) e estúdios emergentes em representação do seu país.

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"Eu concorri com parte do meu projeto de mestrado, especificamente com o catálogo "Olá, eu sou o Miguel. Sou cenógrafo e sou cenário." Uma produção fotográfica realizada durante a pandemia Covid-19, no período de quarentena, entre maio e junho de 2020, onde assumo a autoria da direção artística, cenários, figurinos, adereços, iluminação e caracterização. Com o conhecimento do Open Call: Projeto Espaços Admiráveis e, tendo eu trabalhado sobre o conceito numinoso, fez-me todo o sentido dá-lo a conhecer e a concorrer deste modo. A produção de uma obra visual, revelando a minha procura pelo admirável e o desafio em transmutar sentimentos, vivências, traumas, paixões, sonhos, memórias, pessoas e o meu olhar sobre o mundo em espaços cénicos, como o que perceciono ser um verdadeiro exercício de empatia".

MIGUEL MORAZZO


CÍNTIA SILVA

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Resumo
A privacidade não nasce connosco, é-nos incutida pela educação que recebemos e sociedade que vivemos, e ainda assim é algo que pode ir de uma música ou pensamento, a uma qualquer parte do corpo e até ao que sentimos. Mesmo em público, entre um grupo de pessoas, com amigos ou numa multidão ainda conseguimos ter privacidade, e é nessa experiência de privatização coletiva que este projeto se centra.
Assim sendo, projetei uma instalação constituída por varas de ferro e elásticos em tensão que se intersetam e formam uma grande teia para o público interagir com e no espaço que do exterior para dentro, gradualmente, se vai tornando mais fechado e apertado. Portanto, pretende-se que as reverberações causadas pelos intervenientes sejam sentidas por todo o espaço, pois dado ao facto de a corda ser elástica e estar em tensão, quando se mexe num ponto essa ação vai repercutir nas outras cordas pelo espaço, conferindo também uma sensação de presença de outrem. Ou seja, encontramo-nos num espaço que vai progressivamente “fechando” e, aparentemente não nos deixamos alcançar pelos outros, contudo, ao mesmo tempo consegue-se sentir que outras pessoas estão nesse espaço connosco – estamos a “privatizarmo-nos”, mas não sozinhos. A instalação desta escultura pretende-se que seja num espaço público remetendo para essa ideia do íntimo acompanhado/ conjunto.

Primeiro protótipo👇

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